Os resultados do quarto trimestre dos maiores bancos privados, divulgados recentemente, apontam que houve uma queda na provisão para devedores duvidosos.
Esse é um item que os bancos precisam lançar no balanço como despesa, mas se trata de uma reserva para a eventualidade de um calote.
“A diminuição é reflexo do ciclo econômico: houve leve volta do emprego formal, a massa salarial subiu, e o consumo voltou, e daí as pessoas voltam a tomar crédito”, afirma Victor Candido, economista da Guide Investimentos.
O Bradesco diminuiu de R$ 20,6 bilhões, no fim de 2017, para R$ 14,5 bilhões.
Esse número representa o custo do risco de crédito, segundo Carlos Firetti, diretor de relações com investidores.
“Com a queda, abre-se caminho para spreads menores, principalmente em linhas não direcionadas, e o banco tem mais confiança para dar crédito. Em 2018, tivemos uma expansão de 10%, e a previsão para 2019 é de novo crescimento nessa mesma proporção.”
O Itaú Unibanco publicou os resultados. Houve redução de 10% no saldo das provisões no Brasil.
O saldo do Santander subiu por causa de um devedor que deixou de pagar o vencimento de uma debênture, segundo uma pessoa do banco.
O banco, no entanto, fez provisões adicionais de R$ 7 bilhões em 2018, contra R$ 8,2 bilhões no ano retrasado.
A instituição expandiu o volume emprestado —foi um aumento de cerca de 12% no ano passado—, e a tendência é que isso deva continuar.