Resultado foi frente a dezembro; ante janeiro de 2018, houve alta de 2,1%, melhor resultado desde março de 2015.
O setor de serviços começou 2019 com um recuo de 0,3% em janeiro frente a dezembro de 2018, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a primeira queda nessa comparação desde setembro.
O resultado fraco de serviços acompanha a indústria, cuja produção teve queda de 0,8% sobre o mês anterior, no resultado mais fraco em quatro meses. Por outro lado, as vendas varejistas tiveram alta acima do esperado no mês, de 0,4%.
Em 2018, o volume de serviços prestados no país já havia caído 0,1%, no quarto ano seguido de retração, acumulando perda de 11,1% no período. O resultado do ano passado, no entanto, foi revisado para estabilidade.
“Em uma análise mais ampla, essa ligeira queda no resultado mensal não chegou a anular a média que se acumulou entre novembro de 2018 e janeiro deste ano” ressaltou, em nota, o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Na comparação com janeiro de 2018, no entanto, o resultado do primeiro mês do ano mostrou expansão de 2,1%, a maior desde março de 2015, quando cresceu 2,3%.
Segundo o IBGE, apenas duas das cinco atividades do setor de serviços tiveram queda na passagem de dezembro para janeiro – mas juntas, elas representam 63% dos serviços do país. O segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio caiu 0,6% e o setor de serviços de informação e comunicação, 0,2%.
“Boa parte da queda no setor de transporte deve-se ao baixo desempenho das atividades de transporte rodoviário, dutoviário e de carga. Já os serviços de informação e comunicação sofreram impacto da menor receita na atividade de desenvolvimento e licenciamento de programas de computador, que é normal em início de trimestre” comenta na nota o pesquisador.
Já as altas vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%), outros serviços, que engloba atividades como compra, venda e aluguel de imóveis e manutenção de veículos automotores (4,8%), e serviços prestados às famílias (1,1%).
Por estados
Na análise por estados, a maior influência negativa veio de São Paulo, com queda de 0,5% – o estado tem o maior peso do setor no país. Outros 13 estados tiveram queda na passagem de dezembro para janeiro. Acre, com -9,6%, teve o pior desempenho e Mato Grosso, com 9,9%, o maior resultado.
Já as principais contribuições positivas vieram do Rio de Janeiro (1,8%), Mato Grosso (9,9%), Ceará (8,1%) e Bahia (3,7%). Com o resultado, o Rio de Janeiro registra a segunda taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 5,8%. Já Mato Grosso se recupera da forte queda de 9,4% registrada em dezembro.
Na comparação entre meses de janeiro, São Paulo aparece na posição oposta, como a maior contribuição positiva, com alta de 4,7%. Outros 15 estados também registraram expansão no setor.
Já a influência negativa mais importante para a formação do índice global veio do Rio de Janeiro (-2,1%). Outros impactos negativos relevantes vieram do Ceará (-6,8%) e da Bahia (-3,0%).
Fonte: G1 Economia