O Banco do Brasil quer desligar até 2.300 funcionários com a reorganização anunciada ontem, a primeira sob o comando de Rubem Novaes. A ideia da instituição é cortar excessos. Funcionários que já estejam com condições de se aposentar pelo fundo de pensão do banco, a Previ, ou via INSS, e ainda por “desligamento consensual” são os principais alvos do movimento de reestruturação colocado em prática pela nova administração do banco público. A redução de pessoal deve gerar aumento de despesas de imediato, que não impacta as projeções do banco para 2019, mas permitirá redução de gastos, principalmente em 2020, após a implementação das medidas. O BB, inclusive, estava abaixo do seu guidance até março.
Muito barulho… A reorganização do Banco do Brasil não deve, contudo, tocar em um dos pontos que geram bastante críticas por parte do mercado: a quantidade de diretorias e cargos no BB. Ao contrário, o movimento cria uma nova unidade, com foco em inteligência analítica e artificial. Substituirá, porém, outra já extinta, mantendo inalterado o número de unidades na direção geral do banco.
…por nada. Mais do que isso, o contingente almejado internamente pelo BB com a reorganização é baixo, na opinião de especialistas do mercado. O número representa menos de 3% do quadro do banco, que ao fim de março somava 96,567 mil colaboradores.
Só um ajuste. A justificativa é de que a reorganização é apenas uma adequação de quadros. Feita essa correção, a atual gestão do BB não descarta enxugamentos futuros. Procurado, o BB, que está em período de silêncio por conta da divulgação de seus resultados do segundo trimestre, na semana que vem, não comentou.