Categoria quer impedir a redução dos salários e de benefícios, e é contra a privatização da estatal.
Os funcionários dos Correios entraram em greve geral por tempo indeterminado. A greve foi decretada na noite desta terça-feira (10) em assembleias realizadas em diferentes estados do país.
O reajuste salarial é um dos principais pontos reivindicados pela categoria. No entanto, os trabalhadores querem também a reconsideração quanto a retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.
“A decisão foi uma exigência para defender os direitos conquistados em anos de lutas, os salários, os empregos, a estatal pública e o sustento da família”, afirmou em nota a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).
Em nota em sua página na internet, a federação informou que a greve foi decretada em São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e na maioria dos estados do país.
Em nota, a direção dos Correios informou ter participado de 10 encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, “considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões”.
A estatal ainda não divulgou balanço sobre os impactos da greve, mas fala em “paralisação parcial”. “O principal compromisso da direção dos Correios é conferir à sociedade uma empresa sustentável. Por isso, a estatal conta com os empregados no trabalho de recuperação financeira da empresa e no atendimento à população”, informou em nota.
Policiais militares do 22º batalhão (Maré) acompanham o protesto e tentam impedir que os manifestantes interditem o trânsito na Rua Leopoldo Bulhões, em frente ao Centro de Distribuição. Os grevistas já atravessaram os caminhões na via para impedir a entrada e saída de encomendas.
Como parte do movimento grevista, o sindicato anunciou um seminário das 8h30 as 16h desta quarta-feira na sede do Sindicato dos Bancários, na Rua do Sol, no Centro de São Luís. O assunto em destaque será sobre a possibilidade de privatização da empresa.
Sergipe
Os serviços realizados pelos Correios em Sergipe estão afetados nesta quarta-feira (11), de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Estado de Sergipe (Sintect/SE), que representa cerca de 700 funcionários.
A estatal informou que irá adotar medidas já planejadas para garantir que as agências funcionem regularmente, bem como a entrega de cartas e encomendas.
Ao G1, os Correios informaram que a paralisação não deve afetar o trabalho da empresa e todas as agências devem abrir a partir das 9h desta quarta (11).
Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telégrafos e Similares do Ceará (Sintect-CE), servidores de outras unidades no estado devem reforçar a paralisação, fechando as agências. A principal reivindicação é um aumento salarial de 3,2%, em vez do reajuste de 0,8% proposto pelo Governo Federal.
Tocantins
Segundo o sindicato que representa a categoria, ao menos 30 unidades estão fechadas no estado. No Tocantins, são 746 trabalhadores. Há unidades dos Correios em praticamente em todo o estado, exceto nos municípios de Bom Jesus e Chapada da Natividade.