Estudo do IBGE revelou ainda que o estado fechou 2018 com 14,4% da população com mais de 14 anos de idade fora do mercado de trabalho.
O Maranhão teve acréscimo de 167 mil pessoas desempregadas entre 2014 e 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao todo, o estado fechou 2018 com 377 mil desempregados, correspondente a 14,4% da população com mais de 14 anos de idade.
Os dados foram divulgados nesta quarta (6) e fazem parte do Sistema de Indicadores Sociais (SIS) 2019, que analisa a qualidade de vida e os níveis de bem-estar das pessoas, famílias e grupos populacionais, a efetivação de direitos humanos e sociais, assim como o acesso a serviços, bens e oportunidades.
Os números maranhenses foram maiores que a média para o Nordeste, que apresentou aumento na taxa de 6,1% no desemprego. O aumento nacional foi de 5,1%. Já, a cidade de São Luís teve aumento de 4,4% na comparação entre 2014 e 2018.
Informais
Quanto à informalidade, a SIS apontou que as pessoas ocupadas informalmente no Maranhão recebem, em média, R$ 831. O valor é bem abaixo da média de R$ 1.983 das pessoas ocupadas formalmente. Em São Luís a diferença é ainda maior, com informais ganhando R$ 1.238 a menos que os formais.
Apesar disso, na capital maranhense o rendimento médio mensal, considerando trabalhadores formais e informais, é maior que no estado. Enquanto no Maranhão os trabalhadores ganham, em média, R$ 1.249, em São Luís esse valor é de R $1.894.
Diferença por raça e sexo
A pesquisa também revelou que as mulheres continuam com rendimento menor que os homens. No Maranhão, as mulheres recebem, em média, 8,2% a menos do que o público masculino. A diferença é menor que a média brasileira, em que as mulheres recebem cerca de 21,3% a menos que o rendimento dos homens.
Considerando cor/raça, pretos e pardos ganham 26,48% a menos que os brancos no Maranhão. No Brasil, pretos e pardos apresentam rendimento 42,5% menor que o valor recebido pelos brancos.
O G1 entrou em contato e aguarda retorno do Governo do Maranhão sobre o aumento no número de desempregados no estado.