Coronavírus na Cobrança: Quais os efeitos e o que esperar dos próximos meses?

Entenda os efeitos do Coronavírus na Cobrança e o que esperar dos próximos meses?

Neste momento, é difícil gerar um prognóstico assertivo sobre o tempo e o tamanho dos estragos que o coronavírus trará para a economia brasileira – contudo, já conseguimos analisar o cenário atual e identificar quais as principais dúvidas do mercado e quais estratégias poderão ser utilizadas para se minimizar os fortes impactos do coronavírus na cobrança nos próximos meses. Saiba mais.

O ano de 2019 mal estava acabando e o empresariado já estava empolgado com as perspectivas positivas para o novo ano que estava chegando! Reformas do Governo em andamento, incentivos fiscais, mercado de concessão de crédito aquecido e a confiança do empresariado lá em cima – agora, passado poucos meses do início do ano, as perspectivas, devido a pandemia de coronavírus, são extremamente negativas já considerando uma forte redução no PIB comparada ao ano anterior. E quais os efeitos do coronavírus na cobrança?

Os efeitos serão inúmeros, pois, com a paralização (total ou parcial) das atividades econômicas, muitos empresários chegarão a falir por não conseguirem arcar com os custos mensais com aluguéis, funcionários, matéria prima, dentre outros. O governo federal e estaduais vem criando decretos que visam reduzir estes impactos, dentre eles: facilitação no acordo de férias coletivas, postergação de pagamento de imposto para empresas enquadradas no Simples Nacional, pagamento de R$ 200,00 mensais para trabalhadores informais, suspensão de protestos no estado de SP pelo prazo de 90 dias e possibilidade de redução na jornada de trabalho e salário, tudo isso, com foco em garantir a manutenção mínima dos empregos.

Outra ação do governo para aumentar a liquidez do sistema financeiro nacional e reduzir os impactos do coronavírus na cobrança foi a publicação da resolução 4782, que diz que operações financeiras realizadas até o dia 30 de setembro não precisarão ser reclassificadas em termo de rating em caso de inadimplência (lembrando que essa resolução é válida apenas para dívidas que entraram em atraso neste período e não aquelas que já estavam).

coronavírus na cobrança está impactando fortemente às assessorias e contact centers que estão tendo que reinventar seu modelo de negócio, migrando seus operadores para o trabalho home office – empresas que ainda não o implementaram, estão enfrentando protestos e greves.

Importante ressaltar que o governo republicou no último sábado o Decreto 10.282/2020 que classifica diversos serviços como essenciais o seu funcionamento, dentre eles, os contact centers. Isso significa que centrais de atendimento têm de funcionar e seus colaboradores terão o direito a se locomover mesmo em período de quarentena.

Com essa pandemia, qual forma de atuação adotar na cobrança?

Não existe uma resposta exata sobre a melhor forma de atuação e o impacto exato do coronavírus na cobrança, mas, algumas das perguntas abaixo as empresas têm que saber as respostas, como:

– Vamos ser mais duro ou não nos acionamentos?

– Iremos ajustar os prazos para quebra (e negativação) dos acordos?

– Proporemos parcelamentos maiores e sem juros?

– Como agir com os clientes que tinham cartões inativos e começaram a usar agora? (Reduzir ou ampliar seus limites!?)

Visando apoiar o mercado e reduzir os estragos do coronavírus na cobrança, os principais bancos estão postergando por até 60 dias os prazos para pagamento das parcelas a vencer. E as parcelas em aberto, não valeria também a criação de uma regra específica para ajuda complementar?

Entendemos que neste momento, todos serão afetados, sem exceção, mas, principalmente, os trabalhadores das classes C, D e E. Por isso, a compreensão deve estar acima da busca por lucro, de forma a reduzir os efeitos do coronavírus na cobrança e aumentar a fidelidade destes clientes, garantindo que se mantenham como clientes da sua instituição, principalmente na hora que as coisas voltarem ao normal.

Independente das mudanças a serem estudadas e implementadas, a cobrança continuará acontecendo – a sugestão feita é que as empresas que ainda não realizam ações voltadas à cobrança digital, os façam com urgência. Cada vez mais, as interações digitais vão ganhando mais relevância. Àquelas que implementaram o modelo de forma antecipada (e possuem uma plataforma web que possibilite acesso via VPN aos front-ends e discadores) terão menores impactos do coronavírus na cobrança. Aliás, o trabalho remoto passará a ser um item obrigatório nas RFP lançadas ao mercado após o fim desta pandemia.

Todo este cenário do coronavírus na cobrança fará que não apenas os scripts e argumentações sejam alterados, como as formas de busca dos devedores, pois estes passarão mais tempo em casa (e na internet) que no local de trabalho físico ou no trânsito.

Fonte: Think Data